Prefeitos da Região cobram Copel sobre constantes quedas de energia em municípios.
- 01/03/2024
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Indignados e inconformados com as constantes quedas injustificáveis de energia elétrica, registradas nos municípios, tanto na zona urbana quanto rural, prefeitos da Comcam fizeram uma reunião nesta semana para discutir a situação. O encontro foi realizado em Juranda. Contou com o gerente de departamento de serviços noroeste da Copel, Ricardo Alexandre Soliman Carvalho.
O problema é antigo na Comcam, causando transtornos à população como queima de aparelhos eletrodomésticos e prejuízos no campo. O prefeito de Terra Boa, Edmilson Moura, questionou Carvalho sobre o problema e medidas que a empresa vem adotando para resolver a situação. "Diante da seriedade deste grave problema o que a Copel está fazendo para uma solução aos municípios", questionou.
Sobre a situação, Carvalho comentou que a Copel está se esforçando para reforçar, modernizar e expandir a rede de distribuição de energia que atende a região Noroeste do Paraná, que engloba a região da Comcam. Com isso, diz, espera que a situação seja normalizada. Para este ano, por exemplo, a empresa deverá investir R$ 252,5 milhões nas melhorias, informou.
Apesar do anúncio, o prefeito de Mamborê, Ricardo Radomski, que também participou da reunião, fez um desabafo. "A gente está vendo um sucateamento da Copel, uma parte dos postes está ficando velha, quebrando muito. De dois anos para cá a coisa ficou caótica. Sabe cobrar, mas a manutenção deixa a desejar. Dou nota zero para Copel", desabafou. Ele disse que teve um caso no município, em um sítio, que um produtor ficou três dias sem o fornecimento de energia elétrica porque uma "chave" de um transformador caiu e a Copel demorou para fazer o atendimento. "Ele perdeu produção de leite, perdeu alimentos, carnes no freezer. Precisou implorar à Copel para ser atendido, uma vergonha", indignou-se Radomski.
O prefeito de Quinta do Sol, Leonardo Romero também disse que o problema é corriqueiro em seu município e que tem sido constantemente cobrado pela população. "Além de os prefeitos levarem a culpa, hoje não se consegue mais contato com alguma pessoa da Copel porque o sistema é todo robotizado. Estamos numa situação muito delicada" , falou.
Da mesma forma relataram os prefeitos de Luiziana, Wilson Tureck e a anfitriã, Leila Amadei. Constantemente esses municípios vêm sofrendo com a falta de água devido os constantes apagões de energia elétrica que acabam interrompendo a produção de água. "Um problema leva a outro e quem mais sofre é a população. Já passou da hora de uma solução para o problema", Os vice-prefeitos Eides Guedes (Janiópolis), e Elias Fernandes (Corumbataí do Sul), também participaram da reunião.
A fazenda ficou às escuras por quase três dias seguidos, entre 10 e 12 de janeiro deste ano. Na hora que a energia caiu, Bittencourt ligou um conjunto de geradores à diesel, mas os equipamentos também não aguentaram à sobrecarga. Um deles queimou e o produtor teve que, às pressas, alugar um novo, ao custo de R$ 2,5 mil. Nesse meio tempo, do lote de 200 mil aves nos galpões, 10 mil morreram.